Já fizemos de tudo! Marrocos é aquele destino…que vamos. Sempre. Estamos prontos. É só fazer a mochila. E fazemos com a maior das alegrias. Já fomos para o club med com os miúdos (Smir- infelizmente já não existe mas aquelas cabanas na praia eram a nossa cara), já fomos com amigos, de jipe até ao deserto, já tinha ido como jornalista, até Erg Shebbi, para fazer a cobertura dos treinos do Dakar. Já tinha ido com o meu pai, doente por viagens como eu, várias vezes. Não consigo escolher a melhor.
Gosto dos cheiros, das ruelas, das cores, de especiarias, dos mercados. Gosto de comer na rua, de regatear, de ver os tapetes estendidos, a cada esquina, e gosto de perguntar. Gosto de visitar escolas, entrar na cultura, comer em casa de quem aqui habita. Gosto de viver os destinos sem horas. Gosto do deserto. É sempre tempo de regressar a Marrocos.
Escolhi a viagem com amigos para retratar porque foi a volta maior, passou pelo deserto, tivemos jipe e guia e pagámos cerca de 500 euros por pessoa por 6 noites, através do site do Joao Leitão.
Começámos a viagem de amigos com um post surreal! Lançámos a pergunta como se de um tapete se tratasse: “Quem quer ir, para a semana, até Marrocos?” Em uma semana éramos 6, marcámos voos (há sempre a bom preço, basta pesquisar no skyscanner/momondo) e contactei o João Leitao. Viaja pelo mundo, tem site de viagens, Marrocos é casa para ele, tem com a irmã um turismo, Dar Rita – Riad, em Ouarzazate (as portas do deserto). Não é caro. Aqui fica o roteiro que fizemos!
Marrakech, Ouarzazate, Ait Benhaddou, Dunas de Erg Chebbi e dormida no deserto, Essaouira, Gorges du Todra.
Aterrámos em Marrakech e dormimos no riad de um suiço, com uma piscina do tamanho pouco maior do que uma banheira. E não é que parecia uma piscina olímpica? O calor era tanto que não era possível sair do riad depois de almoço. No topo da casa havia um terraço e este mar dos deuses. Era onde nos abrigávamos do calor…
Marraquexe, a cidade Rosa. Localizada no sudoeste de Marrocos. Músicos, bailarinos, roulottes, comida, contadores de histórias, vendedores de tudo, cobras e lagartos e tudo o que nos deixa de boca aberta. E de volta à piscina, no topo do telhado. No verão não há como não ter!
As malas chegaram assim, de carrinho e nós a pé. Querem melhor? Chegámos à rua do hotel. Parecia que tinhamos entrado num conto das Mil e uma Noites. Aqui tudo é possível.
O Islão é a religião com mais seguidores em Marrocos, mas coexiste perfeitamente com outras como é o caso da judia e a cristã. No Ramadão, a venda de álcool e refeições, em alguns estabelecimentos, podem estar condicionados, mas para servir os turistas, trabalham, sem comer, durante todo o dia. Na última vez que estive em Marraquexe, estava a chegar o fim do dia e tinhamos apanhado uma charrete para percorrer a cidade. O condutor, ao chegar o final do jejum, parou a charrete e pediu autorização para comer. A primeira coisa que fez foi oferecer-nos. Nunca mais me esqueci deste gesto…
Sempre comi na rua, nunca tive problemas. Levo os miúdos e aprender a olhar para estas bancas e apreciar uma cultura diferente, levo-os a sentar-se para almoçar ou jantar. A sentirem-se em casa. E o que comer? couscous e couscous e mais couscous. Adoro de galinha e borrego!Somos fãs e cozinhamos muitas vezes em casa!
Pára tudo! É de ir ver:
Gorges du Todra ou Gargantas do Todra são os desfiladeiros mais conhecidos de Marrocos. Ficam no vale do Todra, do lado oriental do Atlas a cerca de 15 km da cidade de Tinerhir.
Impressionantes penhascos que chegam a atingir os 300m de altura, separados apenas por 20 a 50 metros. Há pessoas por todo o lado na água. Crianças, idosos.
Entre as paredes esmagadoras corre o rio e há uma estrada que o acompanha. Ao percorrer a estrada temos realmente a sensação que vamos ser engolidos. É tirar os sapatos e deixarmo-nos levar.



Ait Benhaddou é um ksar (em português Álcacer) situado a 28km de Quarzazate. Está inserido na lista de Património Mundial da UNESCO, esculpida numa encosta no sopé do Atlas com o rio a seus pés, esta “aldeia de barro” é um lugar exótico que não deixa ninguém indiferente.










Ait Benhaddou é um ksar (em português Álcacer) situado a 28km de Quarzazate. Está inserido na lista de Património Mundial da UNESCO, esculpida numa encosta no sopé do Atlas com o rio a seus pés, esta “aldeia de barro” é um lugar exótico que não deixa ninguém indiferente.
Também a não perder:
Rabat, Chefchaouen, Nkob, El Jadida, Toubkal. Um casamento berbere, visita a um kasbah, visitar os berberes, a ida a uma madrassa. E tragam tapetes. Ficam para a vida:)
Auberge du Sud
- Morada: Ras el Erg, Merzouga, Province d’Errachidia, Marrocos
- Telefone: +212.661.602.885
- Email: aubergedusud @ gmail.com
- Página de Internet: www.aubergedusud.com
A saber antes de ir e visitar:
- Souks – Mercados labirínticos onde nos queremos perder;
- Riads – Mansões com pátios construídas perto dos palácios onde os parentes da família real, conselheiros e mercadores ricos passavam o seu tempo. Há muitos riads actualmente que são turismos. Para mim o melhor sítio para ficar;
- Hammam – Banhos públicos tradicionalmente de tijolos de lama. Experimentem;
- Madrassas – Escolas ou centros de aprendizagem de leis, Filosofia, Astrologia e do Corão .Faz sentido ir visitar;
- Kasbahs – Castelos de tijolos de lama construídos em lugares remotos como no topo rochoso de um penhasco ou num oásis. Não percam.
*ver site do João Leitão sobre este destino.