Lisboa-Edimburgo voo de inauguração da Ryan Air. Até gaitas de foles tinhamos no embarque. Depois foi aterrar e chegar a uma cidade que nos virou ao contrário.
Dormimos no The Glass Hotel. Vale a pena. O hotel é moderno, tem os colchões mais confortáveis onde já dormimos na vida. Tem Honesty bar, o que nos pareceu uma loucura agradável, porque os bares funcionam sem empregados, e os clientes servem-se. Estamos a falar de um hotel com vários pisos onde abrimos um armário, tiramos as bebidas e deixamos o dinheiro. Sem o controlo de ninguém. Se já tinhamos visto isto em vários turismos, num hotel pareceu-nos fascinante.
O que fazer:
Procurar o castelo, a atracção mais famosa de Edimburgo, mas também de toda Escócia. O castelo merece uma visita mais demorada do que nós fizemos.
Tinhamos de ter tempo para andar na rua e aí, andar no Royal Mile, a rua mais famosa da cidade que começa com o Castelo, é o lugar mais recomendado para conhecer. A Royal Mile é movimentada. Há bastante comércio e muitos turistas. Não deixem de comprar um Kilt e um cd com as músicas tocadas com gaitas de foles. (CHECK! Um marido de kilt é qualquer coisa!)
Se descerem esta rua vão dar ao Beco de Mary King. Um beco antigo em Edimburgo que se encontra debaixo dos edifícios na zona do Centro Histórico. O local foi usado como área de quarentena quando a peste negra aterrorizou a cidade no século 17. Nasceram, então, muitos mitos e lendas urbanas, contos de fantasmas e assassinatos, histórias de vítimas de praga, que teriam sido deixadas aqui para morrer no local.
Nós visitámos este beco. Quem faz a visita guiada fala nesta tal Mary, em criança, e por causa das histórias que contam os turistas deixam brinquedos, o que torna tudo ainda mais assustador. A visita é feita por ruas e ruelas escuras, na cidade antiga, debaixo da cidade actual. (Assustador. Mesmo).
Actualmente, o Beco de Mary Cross é uma atracção turística. Estas catacumbas foram reabertas há alguns anos. Não deixe de visitar!
Estivemos em casa, como se soubéssemos que ali pertencíamos. A noite fez-se por ali. Bares que respiram musica local. Gaitas de foles e gente bem disposta e feliz. Muitos escoceses passeiam-se pelas ruas de kilt. Na verdade parece que estamos noutra dimensão. Parece que entramos num pedaço de história.
Foram dois dias em Edimburgo e fomos buscar a auto-caravana que tinhamos reservado online. Se não foi das melhores viagens que fizemos esteve lá perto.
Compras feitas, mesa de pique-nique a bordo, bicicletas alugadas e caravana com dois quartos só para os dois! Estávamos no paraíso! Uma semana de mapa na mão. Zero experiência de condução e zero decisão de destino. Foi assim que começou a nossa aventura!
O que não perder:
As Highlands, ou Terras Altas da Escócia, são uma das regiões mais encantadoras do Reino Unido. Montanhas, lagos, vales e castelos medievais, em dois dias já é possível sentir o interior da Escócia e sonhar para ficar mais.
A região montanhosa escocesa está dividida em seis áreas (Moray Speyside, North Highlands, Cairngorms National Park, Inverness e Loch Ness, Skye e Lochalsh, e Fort William). É um regresso ao passado, um banho de história, cenário de filmes como Highlander, 007 – Operação Skyfall, Coração Valente, Harry Potter.
Urquhart situa-se no coração das Terras Altas e estende-se ao longo de 37 km, com águas estreitas e escuras. O Loch Ness, um dos maiores lagos de água doce escocesa ao lado de Loch Lomond, tornou-se uma lenda com a criatura marinha “Nessie”.
Em 1933 a notícia da aparição de um monstro no lago Ness espalhou-se. Nós estivemos lá, entrámos num barco para percorrer o lago e a história pode ler-se em todo o lado. Vendem peluches com a Nessie e ainda hoje este fenómeno atrai multidões ao lago. Não encontrámos o animal mas agradecemos o facto de lá termos ido. As lendas, os mitos, as histórias fazem viajar no tempo e nos lugares. Havemos de regressar com os miúdos.
ILHA DE SKYE
Skye é uma ilha selvagem e escarpada com um comprimento de 80 km. Uma paisagem costeira espectacular, ideal para passeios de barco, enquanto os montes rochosos de Cuillin, são uma experiência imperdível para quem gosta de andar a pé!



The Old School Restaurant e um restaurante muito premiado que não conseguimos marcação mas sabemos que vale a pena visitar: The three Chimneys.
COMPRAS:
A principal rua comercial de Edimburgo é Princess Street. Rose Street é pedonal e com lojas mais pequenas. Dois grandes centros comerciais são Princess Mall, no extremo oriental de Princess Street, e St. James Centre, no início da Leith Street.
COMIDA:
O prato nacional da Escócia é o haggis, feito à base de pulmões, coração e fígados de borrego picados e misturados com aveia. Serve-se acompanhado de puré de batata, nabo, manteiga e pimenta preta.
Quando ir – Maio, Junho e Setembro são os meses mais secos e soalheiros, ainda que existam possibilidades de chuva.
Idioma – O idioma oficial da Escócia é o inglês. Skye é um dos pontos do país onde a língua gaélica está mais enraizada.
Moeda – A divisa britânica é a libra esterlina.
O que levar – Impermeável, guarda-chuva e uma peça de agasalho.