Não gosto deste género de férias mas compensa e não dá trabalho!
A começar pela pulseirinha. Depois pela necessidade constante dos operadores fazerem reuniões no hotel para informar que os países não são seguros e que mais vale prevenir e pagar 100 euros por pessoa para cada visita. Enfim…
… alugámos um carro e traçámos um plano! Fomos à descoberta de Chichen Itza, os cenotes e as praias fora do condomínio fechado do hotel de 5 estrelas.
Se me perguntarem onde queria ter ficado? Tulum. Junto ao mar. Naqueles hotéis pequenos ou cabanas em frente à praia. Procurem “Be Tulum”, se não levarem miúdos, ou qualquer outro hotel à beira-mar. Depende de quanto quiserem gastar.
Tulum Pueblo – Longe da praia. Com hotéis mais simples e mais baratos, porém com energia elétrica, provavelmente, mais rede de telefone e Internet, água doce etc.
Zona beira-mar – Com cerca de 15kms de extensão de praia. Areia branca e dezenas de hotéis rústicos e cheios de charme. A maioria dos hotéis utiliza geradores e muitos são confortáveis. Na rua atrás da praia (Carretera Tulum-Boca Paila, onde ficam as entradas/recepções dos hotéis), nasceu uma estrada/pueblo cheio de lojinhas e restaurantes. Não há dúvidas de que é aqui, à beira-mar, que eu recomendo.
O que não perder
Cenotes
Acho os cenotes uma das coisas mais incíveis do México!
O Cenote Ik’Kil, pertinho de Chichen Itzá tem muita gente, perto de Tulum, não percam. o Cenote Dos Ojos, muito diferente.
O Cenote Dos Ojos é um sistema de cavernas submersas. São cerca de 60kms de extensão, o que faz do Dos Ojos uma das dez mais longas cavernas submarinas do mundo. O nome foi dado devido ao formato do lugar que parecem dois olhos conectados por rios subterrâneos.
O cenote em Hubiku tem muito menos gente. Por ser menos conhecido acabámos por ter uma piscina linda debaixo de terra, quase só para nós.
Bahia Principe Tulum
É um “all inclusive” junto ao mar. Com tudo o que tem de bom e de mau. Não esperem uma praia paradisíaca. Não é. Mas é água quente e azul, com ondulação e uma variedade de desportos. Tem kids Club para quem gosta de deixar os miúdos fazer amigos e experimentar ter uma hora ou duas de paz. Os nossos adoram. Há horários com imensos desportos ou seja eles podem escolher o que lhes interessa fazer e ir nesse horário, apenas. Será sempre um hotel de pulseirinha onde as agências de viagem tentam convencer-nos que é perigoso sair os portões.
Comida no hotel
Boa. Buffets completos. Três espaços diferentes, sendo que um é junto à praia. Os miúdos adoram e dá-nos paz ter tudo pronto e ser só sentar e conversar.
Quanto aos restaurantes, fora do buffet tradicional, há vários e pareceram-nos óptimos, mas é preciso reservar. Marquem mesa para o Mexicano e o Asiático, no dia em que chegarem. Não percam, porque quando se lembrarem de marcar mesa já estão esgotados para a semana inteira. Nós conseguimos ir aos dois!
Mundo animal
Se quiserem tentar cruzar-se com dragões de Komodo não precisam de marcar hora porque eles estão por todo o lado no hotel e, a verdade, é que não se metem com ninguém. Tentem não meter-se com eles.
Parques visitáveis com crianças
Xcaret: Experiências mágicas com rios subterrâneos. Fauna da selva Maia e espetáculos inesquecíveis.
Xel-Há: É um parque ecológico onde a água de um rio se une ao Mar do Caribe. É conhecido como o maior aquário natural do mundo. O parque foi premiado com o título de Maravilha Natural do México, em uma chamada nacional recente.
O que não perder
A Zona Arqueológica de Chichén Itzá (chichenitza.inah.gob.mx/).
Abre todos os dias das 08h00 às 17h00. O custo por pessoa é de 220 pesos, menos de 20 euros por pessoa. Não comprem os pacotes das agências de viagens. Chegam a cobrar 70 euros por pessoa. Não vale a pena. Mais vale alugar um carro e ir. A 200 kms de Cancun, há visitas guiadas em português cobradas separadamente e que duram duas horas. Os bilhetes podem ser comprados à porta. Fomos no carro que alugámos no hotel. No Verão, levem creme e protector solar.
Em 1988, Chichén Itza foi incluída na lista dos Patrimónios da Humanidade da UNESCO.
No regresso parámos em Valladolid, uma cidade de arquitetura colonial. Parámos para lanchar. Não é paragem obrigatória, mas soube bem estar numa cidade onde se sente o peso do passado.
E de resto? De resto, não fizemos nada. Como umas boas férias que prometem descanso. Tivemos tempo para os miúdos. Brindámos a dois. Demos-lhes espaço. Tivemos espaço, fizemos um chim chim à vida e prometemos voltar ao México para umas cabanas na areia, em frente ao mar.
O que visitar
A poucos minutos da Riviera Maya, Cozumel é considerado um dos melhores lugares de mergulho do mundo. Água transparente e quente. Com muita pena nossa, estava a chover e muita ondulação no dia que tinhamos previsto fazer este passeio.
PUERTO VALLARTA – a não perder
Playa de Amor
A 35 kms de Puerto Vallarta estão as Ilhas Marietas, que abrigam a maravilhosa Praia de Amor ou Hidden Beach. O arquipélago tem uma praia que fica dentro de um buraco, formado pela erosão de atividades vulcânicas, há muitos anos. É visitar e aproveitar para mergulhar nestas águas.
QUANDO IR
Uma média de 240 dias de Sol por ano. A média anual de temperatura ronda os 24° C.
A temporada de furacões começa em Agosto e segue até Outubro.
A melhor época para viajar é entre Dezembro e Abril. Já em maio, o clima é mais fresco. Nós fomos em Junho e, se choveu, quase não demos por nada.